Até aqui, a rede social que confronta avós, pais, filhos e a família toda, sempre foi o Facebook. No entanto, parei para pensar que está vindo por aí a geração de filhos que terá os pais no Twitter.
Já pararam para pensar que até agora, o Twitter era o abrigo para os filhos? Era a nossa “turma da esquina de casa”, era onde podíamos falar palavrão sem ofender os pais e onde podíamos fazer piadas sem envergonhar os avós.
Até agora. Mas aí parei para pensar que hoje minha filha já convive com os pais no Twitter.
Que este terreno que para mim era livre, isento e purificado dos parentes para nós, não o é para a próxima geração de usuários, afinal nós tendemos a ser os pais da vez.
Então o que fazer? Deixar o Twitter?
Pensando nisto, até cogitaria deixar a rede social em respeito ao direito sacrossanto da minha filha de aproveitar-se do espaço para extravasar, contudo jamais o farei.
Não por egoísmo, mas porque sei que a cada geração, surgem seus próprios guetos, seus próprios becos. E estou certa de que a dela o fará, se já não o fez.
A forma da geração dela de interagir já é diferente da minha, apesar das semelhanças. E vejo isto, pois ela passa mais tempo “em conf” com os amigos, do que em redes sociais como o Twitter.
Sendo assim, o Twitter está mais para o lugar em que ela me vê, do que onde eu a veja.
E pensando nisto é que eu fiz absoluta questão de dar unfollow em mim com a conta dela para que ela não veja tudo o que eu posto lá.
Afinal, nem tudo é adequado a ela. Convenhamos.
Por agora, o nosso mundinho está a salvo, graças a um tal de Discord, que a garotada tá amando.
Amém.