Depois de anos trabalhando em casa, recentemente voltei a trabalhar fora e foi uma reviravolta.
Há mais de 8 anos que eu não saia para trabalhar fora, já que estava em sistema de home office.
Trabalhava de casa e só ia a compromissos como eventos, reuniões, palestras e eventualmente algumas viagens.
Como eu trabalhava em casa e a escola da Gi é longe, eu acabava levando e buscando-a todos os dias.
Aliás, como nos mudamos, estava sendo um parto conseguir tirar o bilhete escolar dela.
Foi inclusive este, o motivo das últimas aventuras narradas no blog com a ida dela para a escola de ônibus sozinha.
A rotina da casa antes de eu voltar a trabalhar fora
Aqui em casa, o Dressler (meu marido) e eu, sempre dividimos todas as tarefas.
Não temos empregada, faxineira, diarista, passadeira, nada.
Éramos só nós para fazer faxina, cuidar da casa, das roupas, cozinhar e etc.
Geralmente ele faz a faxina, eu cuido da comida e a Gigi sempre ficou com a louça e com o quarto dela.
Ao decidir trabalhar fora, pensei: “A casa vai ficar um caos”, já que eu não estaria mais lá o tempo todo.
Não que eu fosse uma exímia dona de casa, porque não sou nem de longe.
A rotina de casa depois
Foi aí que sentamos com a Gi e explicamos que agora ela teria que assumir novas tarefas para manter as coisas em ordem.
Claro que ela não festejou a notícia, mas diante do que eu esperava, ela foi até que bem positiva.
O mais surpreendente foi depois, na verdade.
Quando comecei efetivamente a trabalhar fora, ao chegar, a casa estava impecável.
Nada de louça, roupas na máquina, chão aspirado e passado pano, quarto dela IM-PE-CÁ-VEL.
E assim continuou pelos demais dias.
Dia da faxina
No sábado, dia da faxina, ela nos propôs um acordo:
– Que tal eu fazer a faxina e você lavarem a louça, enxugarem e guardarem só desta vez?
Eu aceitei, mas achei que ela se arrependeria na última hora.
No entanto, ela cuidou de tudo e eu fui cuidar da louça.
E ela sorridente, feliz, sem qualquer mau humor, coisa que eu achava que teria.
Atividades extra-curriculares
Agora quero ver se a coloco em alguma atividade extra durante a semana.
Como o escoteiro é só de sábado, pensei em algum esporte ou Kumon que ela tanto quer.
Estamos vendo aqui nas redondezas, porque quero que ela construa círculo social por aqui.
E vou deixar que ela organize a própria rotina, agora que ela mostrou que se vira bem.
Trabalhar fora me obrigou a dar autonomia para a Gi
O fato de eu ter que aceitá-la indo e voltando sozinha da escola e dando conta da própria rotina, acabou sendo bom.
Tanto para ela como para mim.
Porque se antes eu a subestimava, agora sei que ela é plenamente capaz de cuidar da própria rotina, da casa e de si mesma, o que me tranquiliza.
E claro que facilita as coisas para este momento novo da nossa vida, que é o de dar autonomia aos filhos.
Saber que eles sabem se cuidar e cuidar das coisas dá um grande alívio.
Não elimina todos os nossos medos, especialmente aqueles sobre os perigos do mundo, mas nos conforta um pouco.
Se antes eu achava que ela mal saberia pegar ônibus sozinha, agora eu sei que ela se vira bem melhor sem mim do que eu achava e isto é ótimo!
Trabalhar fora é bom para eu também ter circulo social
Uma outra coisa que melhorou muito após eu ter voltado a trabalhar fora, foi voltar a ter circulo social.
Por sempre trabalhar em casa, acabei reduzindo muito o meu círculo, já que além disso, eu também não gosto muito de sair.
Mas ao trabalhar fora, voltei a querer conviver mais com as pessoas e, como eu já estava fora de casa, comecei a me dar oportunidades de programas após o trabalho também.
Foi ótimo, especialmente porque a minha carona para trabalhar fora é o meu próprio marido, já que trabalhamos no mesmo lugar.
Leia também: Mulheres e o trabalho fora de casa
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