Minha filha está no Ensino Médio: como lidar
Quando paro para pensar que a minha filha está no Ensino Médio, percebo o quanto o tempo passou. Não vou dizer que passou rápido, porque sinto que ele passou no tempo certo, mas sinto também que estou confusa. É um misto de orgulho por vê-la tornando-se linda, inteligente, desenvolta e resolvida. E, ao mesmo tempo, um medo enorme por tudo o que este mundo oferece de perigos, sem falar na forma como hoje as garotas interagem entre si.
Eu meio que imagino a Gi dentro de uma mistura de “Meninas malvadas” com “As apimentadas”, só que sem o lance das cheerleaders. Ah! E com um toque de “A rebelde da rádio”.
O Período do Ensino Médio
O período do ensino médio pode ser um desafio emocional tanto para os adolescentes quanto para suas mães. É um momento de transição, descobertas e crescimento. Neste artigo, vamos explorar maneiras de lidar com essa fase crucial da vida de sua filha, oferecendo conselhos práticos e apoio emocional. Vamos juntas nessa jornada!
Os Riscos do Ensino Médio
Ao adentrar o Ensino Médio, nós sabemos que é onde todas as emoções são afloradas, provocadas e testadas e que, portanto, é quando os nossos filhos ficam mais vulneráveis e expostos a riscos que, muitas vezes, eles mesmos não se dão conta. Alguns dos riscos são:
- Pressão Acadêmica: O aumento das demandas acadêmicas pode levar a altos níveis de estresse.
- Influência Negativa dos Colegas: A pressão dos colegas pode levar a escolhas inadequadas.
- Bullying e brigas: O ambiente escolar pode expor os adolescentes ao risco de bullying e brigas.
- Problemas de Saúde Mental: O estresse e as mudanças emocionais podem contribuir para problemas de saúde mental.
- Exposição a Substâncias Nocivas: A entrada no ensino médio pode aumentar a exposição a álcool, drogas e tabaco.
- Desafios de Autoestima: As comparações e a busca por aceitação podem afetar a autoestima.
- Desenvolvimento de Hábitos Não Saudáveis: O estilo de vida sedentário e escolhas alimentares inadequadas podem surgir.
- Pressões Sociais e de Imagem: A busca por aceitação social pode levar a comportamentos arriscados.
- Problemas de Sono: O aumento das demandas escolares pode interferir no sono adequado.
- Desafios de Transição: A adaptação a um novo ambiente escolar pode ser desafiadora.
Ao nos darmos conta de tudo isso, percebemos que o que para nós parece só uma besteira juvenil, pode parecer uma questão de vida ou morte para eles, pois eles estão submersos em tudo isso e com todos os hormônios à flor da pele.
O Ensino Médio é “onde a vida acontece”

Na minha época, minha mãe chamava de Colegial. E ela dizia: “Minha filha está no Colegial. O Colegial é onde a vida acontece”. Se fosse hoje, ela diria: “Minha filha está no Ensino Médio”. Confesso que não tem o mesmo charme que dizer “Colegial”.
E foi mesmo. Foi logo nos primeiros dias do Colegial que eu finalmente me senti parte de uma turma e eu até era popular nesta turma, o que é delicioso, diga-se de passagem.
Foi maravilhoso ser notada pelo cara mais almejado da turma, ir à festinhas de garagem, etc e a minha mãe ficava maluca. Para ela, eu ainda era muito nova para tudo aquilo, mesmo que todo mundo da minha idade estivesse ali também.
E foi justamente por toda esta necessidade de controle, este menosprezo dela pelo que eu sentia, pensava e vivia e, principalmente, menosprezo pela minha capacidade de aprender a lidar com as situações, contando com a ajuda dela e não com o controle e superproteção, que eu decidi ser uma mãe diferente para a minha filha.
• Entendendo as Mudanças
A adolescência traz consigo uma série de mudanças físicas e emocionais. É vital compreender essas mudanças para oferecer um suporte efetivo e que acolha as dúvidas, medos, sentimentos e tudo o mais que estiver por vir nesta fase, ainda mais na fase do “Minha filha está no Ensino Médio”.
As mudanças vão acontecer, seja da nossa vontade ou não, e os nossos filhos serão quem eles são, sejam eles quem nós queremos ou não. E, nesta fase, nós temos uma escolha a fazer:
( ) sermos os pais que aceitam e acolhem quem os nossos filhos são, promovendo uma conexão real e duradoura
( ) sermos os pais que se iludem com a sensação de controle, enquanto os nossos filhos sobrevivem lá fora como podem sem poderem contar nem confiar nos pais, e diante dos pais fingem sem quem eles querem
• Recorde-se da sua adolescência e ative o modo empático
Para muitos pais, recordar a adolescência torna-se uma distorção quando chega vez de criar os filhos. Eles sabem tudo o que sofreram por não terem recebido acolhimento, pela mão de ferro dos pais, por terem que lidar sozinhos com as questões, pois contar para os pais só iria se tornar mais um problema, mas agem igual, mesmo assim, como se quisessem se vingar nos filhos, por tudo o que passaram, ao invés de proporcionar a eles uma adolescência menos traumática.
• Não é fácil lidar com tudo isso. Imagine para os adolescentes, então?
Não é nada fácil ter que ser uma mãe cuidadosa, atenciosa e, ainda assim, legal e compreensiva. Tem hora que é inevitável ser a mãe que veta algo, o que eu procuro fazer da forma mais serena e esclarecedora possível. Tem horas em que é tentador ser a mãe legalzona, mas nós sabemos que nem sempre é possível, infelizmente. Mas sempre que penso “minha filha está no ensino médio”, me lembro de tudo o que sentia, pensava e passava e tento ser mais acolhedora e empática possível.
Claro que, às vezes, falho miseravelmente, mas sigo tentando me manter firme no propósito de fazer isto ser o mais leve possível, pois lembro que a minha filha está no Ensino Médio e não é uma fase simples.
• A mente do adolescente ao adentrar o Ensino Médio
Ao abordar a complexidade da mente do adolescente ao ingressar no ensino médio, a renomada psiquiatra brasileira Ana Beatriz Barbosa Silva destaca a intensidade das transformações emocionais e cognitivas nessa fase crucial. Segundo Silva, os adolescentes estão suscetíveis a uma montanha-russa de emoções devido às alterações hormonais, o que pode influenciar seu comportamento e visão de mundo. Além disso, ela ressalta a importância da construção da identidade nesse período, onde os jovens buscam compreender quem são e seu papel na sociedade, muitas vezes enfrentando conflitos internos e externos.
Ao lembrar que minha filha está no Ensino Médio, coloco-me em acolhimento, com a escuta ativa e a oferta de um ambiente seguro para expressar suas emoções são fundamentais para o desenvolvimento saudável dessa fase, contribuindo para a construção de uma base emocional sólida. A psicologia realça a importância do diálogo aberto e do entendimento empático para lidar com as complexidades da mente adolescente nesse período de transição.
A importância do acompanhamento psicológico para alunos do Ensino Médio
O ingresso no ensino médio marca uma fase repleta de desafios emocionais para os adolescentes, e é nesse contexto que o acompanhamento psicológico se revela fundamental. Quando “minha filha está no ensino médio”, reconheço a importância de oferecer a ela um espaço seguro para expressar suas ansiedades, medos e alegrias. O acompanhamento psicológico possibilita que ela compreenda suas próprias emoções, desenvolvendo habilidades para lidar com o estresse acadêmico e as pressões sociais. Através desse suporte, minha filha pode construir uma base emocional sólida, promovendo um equilíbrio saudável entre o crescimento acadêmico e o bem-estar mental.
• Acompanhamento psicológico para fortalecer laços com os pais
Em um segundo plano, o acompanhamento psicológico também se destaca como uma ferramenta valiosa para fortalecer o relacionamento entre pais e filhos durante o ensino médio. Ao reconhecer que “minha filha está no ensino médio”, percebo que a comunicação aberta e o entendimento mútuo são essenciais nesse período de transição. O apoio de um profissional permite não apenas que minha filha explore suas próprias questões, mas também facilita o diálogo entre nós, criando um ambiente de confiança. Com o auxílio psicológico, fortalecemos os laços familiares, enfrentando juntos os desafios dessa jornada educacional, enquanto nutrimos o bem-estar emocional de minha filha.
Conselhos de mãe para adolescentes: Minha filha está no Ensino Médio
Minha filha está no ensino médio, e sei que este período pode ser desafiador, mas também repleto de descobertas. Uma maneira eficaz de lidar com as pressões acadêmicas é organizar-se. Encoraje minha filha a criar um cronograma de estudos realista, dando espaço para pausas e momentos de lazer. Assim, ela não apenas enfrenta as demandas escolares, mas também preserva seu bem-estar emocional.
• Apoio Social é fundamental
Além disso, é essencial que minha filha busque apoio social. A adolescência no ensino médio traz consigo a busca por identidade, e ter amigos que compartilhem interesses e valores é valioso. Incentive-a a participar de atividades extracurriculares, onde pode cultivar amizades significativas. Isso não só proporciona apoio emocional, mas também enriquece sua experiência educacional.
• Comunicação honesta é fundamental
Outro conselho valioso é incentivar minha filha a comunicar-se abertamente sobre suas preocupações. O ensino médio pode ser um período de autodescoberta, e estar atenta às emoções dela é crucial. Estabelecer um diálogo constante cria um ambiente onde ela se sente à vontade para compartilhar suas alegrias e desafios. Dessa forma, podemos enfrentar juntas as complexidades dessa jornada educacional, fortalecendo nosso vínculo enquanto ela navega pelo ensino médio.
Conclusão: Minha filha está no Ensino Médio e eu serei a mãe que ela precisa que eu seja
Minha filha está no Ensino Médio, e esta jornada, repleta de desafios e conquistas, é uma experiência única que fortalece nosso vínculo e molda seu crescimento. Ao longo deste artigo, exploramos estratégias para enfrentar essa fase crucial da vida, reconhecendo a importância de entender as mudanças pelas quais ela passa. Compreender que minha filha está no Ensino Médio é o primeiro passo para oferecer suporte emocional e prático, criando um ambiente propício ao seu desenvolvimento.
Neste percurso, destacamos a relevância da comunicação aberta, um pilar fundamental para lidar com os desafios do Ensino Médio. Ao reconhecer que minha filha está no Ensino Médio, enfatizamos a criação de um espaço onde ela se sinta à vontade para compartilhar seus pensamentos e sentimentos. Este diálogo constante é a chave para enfrentar as pressões acadêmicas, sociais e emocionais que caracterizam essa fase de transição.
Em última análise, ao compreender que minha filha está no Ensino Médio, abraçamos não apenas os desafios, mas também as inúmeras oportunidades de crescimento que esta etapa oferece. Esta jornada é uma expressão de amor, paciência e apoio mútuo, fortalecendo nosso laço familiar. Ao caminharmos juntas por esse período, estou confiante de que, com empatia, comunicação aberta e celebração das pequenas vitórias, minha filha se tornará uma mulher independente, confiante e resiliente. Estamos prontas para enfrentar os desafios e celebrar cada passo dessa extraordinária jornada do Ensino Médio.