Depois de sofrer muito de baixa autoestima na maternidade, decidi tomar algumas atitudes que tem me ajudado e quero dividir com vocês.
Se tem uma coisa que eu pensei que nunca teria, eram problemas para lidar com autoestima na maternidade, mas tô aqui pagando a língua.
Na verdade, eu sempre tive problemas de autoestima.
Quando era pré-adolescente, eu sofria por ver as meninas da minha idade já moças e eu, não.
Depois, na adolescência, sofria com os peitos grandes para a minha magreza, então os escondia.
Na fase adulta, quando finalmente desencanei e me aceitei como era, vivi uma fase muito boa comigo mesma.
Porém, aos 23 anos engravidei e achei que ficaria capenga e desinteressante.
Durante a gravidez
Durante a gravidez eu fiquei bem bonita.
Engordei 18kg apenas de barriga e peitos e mantive o resto.
Nos pós-parto, perdi 11kg e ai fiquei em minha melhor forma.
A única coisa, era a barriguinha, mas assim que parei de amamentar, ela se foi toda.
Nunca me senti tão bonita como naquela época, dos meus 26, 27 anos.
A viuvez e a decadência emocional
Aos 29 fiquei viúva de uma forma trágica e meu emocional foi pro ralo, junto com 8kg que emagreci em uma semana.
Fiquei mais feia que um espantalho, mas eu estava em profunda depressão, então nem percebia.
Foram dias tenebrosos da minha vida, não por conta da minha aparência, mas por toda a dor que vivenciei, a ponto de desejar morrer de verdade.
A volta a si
Quando voltei a si, finalmente percebi: estava péssima.
De certa forma, eu não me importava, mas o mundo só é benevolente com as viúvas por um curto período de tempo.
Depois deste tempo, eles nos cobram como se jamais tivéssemos sofrido.
E assim foi comigo.
Com o passar do tempo, não haviam mais desculpas para eu viver naquele bagaço, tornando-me desleixada aos olhos alheios.
Foi quando tive um lampejo de coragem e passei e me cuidar um pouco mais.
A primeira crise de peso
Em 2011 resolvi que queria parar de menstruar. Fiz as consultas e decidimos que eu testaria Depoprovera.
Foi a pior coisa que fiz na minha vida e se querem um conselho: JAMAIS tentem isto em vocês.
Apenas para justificar meu conselho, depois de todos os problemas que tive, vim descobrir que só no Brasil ele é usado como anticoncepcional aceitável.
Nos EUA, por exemplo, ele é utilizado como método de castração química para pedófilos. Ou seja? Um veneno para mulheres.
Bem, eu tive todas reações possíveis: infecção urinária severa, engordei 11kg, inchei muito, problemas vasculares, etc.
Foi tão grave que tive princípio de septicemia (sepse).
Engordei e inchei tanto que passei a viver reclusa.
Na época, eu namorava e terminei o namoro ainda com a autoestima abalada, apesar de já estar bem melhor de aparência.
O amor próprio voltou
No começo de 2012 já estava de volta ao meu corpo e pude aproveitar bem desta fase.
Saí bastante, conheci gente nova, comecei a conviver de verdade com pessoas do meio que trabalho hoje.
Foi quando me redescobri e recuperei meu amor próprio.
Tirava fotos sem medo de como ia sair nelas, aprendi a me maquiar, comecei a gostar do que via no espelho.
No fim de 2012 foi quando conheci o Dressler, meu atual marido.
Eu estava no auge da minha autoestima novamente.
Voltei a engordar
Em agosto de 2013, parei de fumar.
O que parecia a melhor decisão a ser tomada desencadeou minha nova crise de autoestima.
Nos primeiros meses, estava tudo bem.
Depois, comecei a engordar. E foram 12kg.
Voltei a ficar reclusa novamente.
E desta vez, além de engordar, comecei a ter problemas de estômago (refluxo e gastrite).
Além disso, neste meio tempo, percebi que meus dentes estavam fechando a mordida.
Coisa que já era prevista quando eu tinha 19 anos, mas que eu esperava acontecer só aos meus 50 anos.
Foi a gota d’água para que eu parasse todos os meus projetos que envolviam minha imagem.
Parei de ir a eventos, de palestrar, de gravar vídeos, de fazer fotos.
Filha adolescente, autoestima em cheque
Outra coisa que me detonou demais foi ter que admitir de vez que as minhas roupas não cabiam mais em mim.
Ao ver as minhas roupas antigas cabendo perfeitamente na Gigi tive que admitir para mim mesma que eu ja não era mais a mesma.
Aí veio o outro baque de consciência: se a minha filha já usava roupas minhas que cabiam perfeitamente, além de engordar, eu estava envelhecendo.
Inclusive, falei sobre isto no meu post de aniversário de 38 anos, onde relato o meu medo de envelhecer.
Foi difícil, mas foi aí que me dei aquele chacoalhão e me senti obrigada a fazer algo.
No começo, era só obrigação
No começo era apenas obrigação mesmo.
Não sentia vontade de me arrumar, de me maquiar, de sair, de tirar fotos, nada.
Mas a minha vida de blogueira exige que, ao menos em certas ocasiões, eu faça isto.
No entanto, eu me restringia meramente a estas ocasiões. Mesmo assim, só o básico.
Foi aí que decidi mudar isto e me resgatar de mim mesma e desta autosabotagem.
Agora, conheça as decisões que me fizeram definitivamente mudar e me sentir novamente feliz por ser eu mesma, ainda que eu sinta necessidade de mudar muita coisa:
1. Me livrei de tudo o que me fazia mal
Durante anos, eu fiz coisas que me faziam mal ou porque eu achava que precisava fazer e pronto ou porque eu não queria dizer ‘não’ a alguém.
De junho para cá, abri mão de tudo aquilo que não estava do jeito que eu achava correto, justo e ok.
Tudo o que me fazia mal, que me fazia sentir desprestigiada, inadequada, injustiçada ou qualquer coisa ruim: cortei.
E foi a melhor decisão da minha vida!
2. Me livrei de pessoas tóxicas
Há tempos que eu vivia um dilema interno de conviver com pessoas que me faziam sentir mal comigo mesma, mas que eu me obrigava a agradar.
Não consigo entender até hoje o motivo que me levava a crer que eu deveria fazer as coisas sempre de acordo com estas pessoas, mas eu fazia.
E sempre acabava sendo prejudicada e me sentindo mal, porque nunca era reconhecida, respeitada e etc, como gostaria e merecia.
Cortei! E foi incrível como em questão de dias isto fez uma baita diferença em mim e na minha autoimagem.
Passei a ME respeitar mais como pessoa e a ME perceber mais como prioridade da minha própria vida.
3. Passei a me cuidar mais
Pode parecer bobagem, mas o fato de todos os dias eu passar cremes no rosto antes de dormir, já era um diferencial.
Depois, passei a me maquiar mesmo pra ficar em casa, só para mim mesmo.
E, cara, como isto é incrivelmente benéfico!
Eu simplesmente passei a me amar mais só pelo fato de me arrumar mais e aí querer me arrumar mais ainda pelo fato de me amar mais ainda.
4. Registrar ao menos uma foto boa por dia
Outra decisão que tomei e que tem me feito bem, é a de registrar ao menos uma foto boa por dia.
Selfie, mesmo.
Tiro várias, guardo apenas as que gosto e as que eu não gosto, apago sem dó.
No meu caso, decidi também que vou postar uma foto por dia no instagram, não necessariamente fotos minhas sempre, mas ao menos 3 vezes por semana, sendo fotos que estou presente e bem.
Em algumas, opto por usar os filtros do instagram, mas o que tem me ajudado muito a gostar mais das minhas fotos é procurar tirar fotos em locais muito bem iluminados.
Outro detalhe é que passei a usar uma app que baixei por indicação de um amigo fotógrafo e que tem me ajudado a tirar fotos melhores.
O nome do app é FAST CAMERA – HD CAMERA PROFESSIONAL para Android.
Não sei se tem para iOS, mas não custa procurar aí na Apple Store também.
O que ainda falta?
Bom, ainda falta eu perder uns 8kg para me sentir plena, especialmente da barriga.
Também preciso muito fazer um tratamento dentário, porque minha mordida está cada vez mais fechada e isto me incomoda muito, tanto no visual como no dia a dia.
Mas aos poucos, vamos nos ajeitando aqui e ali para resolver todas as pendências e ficar 100% em dia consigo mesma.
O mais importante foi dar o primeiro passo e isto já foi feito.
Agora falta você.
Vem comigo pro #MutirãoDaAutoEstima.
♥